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Дом семи женщин(на португальском), автор-Летиссия Верцховски (сериал)

Сообщений 21 страница 24 из 24

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"Caro Bento,
Parece que seus filhos resolveram quebrar a monotonia dos dias desta fazenda; ambos fugiram de casa numa manhã chuvosa deste fevereiro, com o intuito de se juntarem às tropas em Porto Alegre, e só foram en¬contrados à noite. Mandamos revirar a estância e também os arredores, trabalho que os peões realizaram com carinho e dedicação, mas mesmo com esse esforço nada encontraram. Eu já desesperava. Estive no quarto dos dois e mexi em suas roupas, chorando uma saudade que era misto de medo. Cheguei a pensar que Bento Manuel os tinha capturado para insultar vosmecê, mas logo desisti disso, por ter visto o quanto havia de fantasioso nessa versão.
Vosmecê sabe bem o quanto eu sofro, todos os dias, quando penso nas batalhas que le esperam, quando penso que desafiou um império in¬teiro... Imagine o que sobrou de minha alma depois da artimanha que seus filhos aprontaram. Preciso, enfim, dizer-lhe que Marco Antônio agora convalesce de uma pneumonia e fraturou duas costelas. Leão apenas pe¬gou uma gripe e recebeu de mim severo castigo, pois foi o responsável pela funesta aventura. Quando ralhei com ele, me disse apenas: "Mala suerte, mamãe." Estava tão decidido, que vi nele a sua têmpera. Decerto é mais um que sonha com pelejas. E está cada dia mais parecido com usted; até o olhar firme, ardente, é o mesmo que o seu, Bento.
Hoje, esposo, é dia dez de fevereiro. Faltam cinco dias para o prazo que ustedes aguardam, e me pergunto se esta guerra é mesmo inevitável. Aqui na estância, comungamos todas da mesma espera e da mesma angústia. E há um clima de ansiedade no ar. Todos os dias, acendo uma vela para a Vir¬gem... Alguns peões já dizem às claras que, se a guerra estourar, juntar-se-ão aos seus efetivos. D. Ana vendeu algum gado, a fim de estar preparada para alguma situação de emergência. Quanto a mim, já remeti a Joaquim o dinheiro que vosmecê solicitou. Ele me enviou carta dizendo que na Corte muito se fala da guerra que está por estourar aqui na província, e que Bento e Caetano desejam regressar brevemente. Joaquim manda-lhe carinhos e respeitos, e deseja que Deus Nosso Senhor cavalgue ao seu lado. Disse tam¬bém haver le enviado uma longa missiva, mas como vosmecê nada contou sobre ela, penso deve ter-se perdido por esses caminhos tortuosos.
Esta carta, caro esposo, que agora escrevo às pressas, segue junto com Manuel, que está de partida para Porto Alegre a fim de realizar vários ser¬viços e de comprar alguns mantimentos que já nos faltam. Espero de todo o coração que estas linhas le encontrem, que vosmecê esteja são e forte, e que me envie resposta o mais breve possível. Como vosmecê sabe, nes¬te ermo são poucas ou raras as notícias que nos chegam. Fique com Deus.
Com todo o meu afeto,
sua Caetana.

Estância da Barra, 10 de fevereiro de 1836"

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O dia quinze de fevereiro finalmente chega, sob um sol abrasador que se derrama sem descanso sobre toda a província. O prazo que Bento Gonçalves e seus oficiais estipularam está esgotado. Bento, da janela do palácio, olha as ruas desertas e ardentes. Seus olhos têm um brilho estranho, negro.
José de Araújo Ribeiro não foi à Capital para ser empossado pela Assembléia Legislativa, e não reconhece o novo governo. A guerra começa no pampa. Na cidade de Porto Alegre, os revolucionários empossam o deputado Américo Cabral como novo presidente de São Pedro do Rio Grande.
Os portões de Porto Alegre receberam patrulha redobrada na noi¬te do dia quinze de fevereiro, e os sitiantes começaram a construir trin-cheiras para a defesa da cidade ocupada. Durante o dia inteiro, não se vê ninguém nas ruas, e em tudo grassava apenas o calor hediondo e a poeira vermelha que subia do chão. Um medo pegajoso grudava-se nas casas fechadas, nas gentes quietas que esperavam o primeiro ribom¬bar dos trovões. A madrugada foi ventosa e assustada. Começou a vi¬gorar severo toque de recolher, muitos habitantes da Capital resolveram fugir e abrigar-se com parentes no interior, onde se sentiriam mais seguros.
No dia dezesseis de fevereiro, o coronel Bento Gonçalves resolve partir com suas tropas para o sul da província. De lá, envia o capitão Teixeira Nunes com ofício intimando Araújo Ribeiro a abandonar o Rio Grande imediatamente. Teixeira Nunes parte sob um céu nubla¬do e tenso, cinzento. Vão com ele mais três soldados de confiança. Estão assando um churrasco no acampamento, e o cheiro da carne gorda se espalha por tudo.
Disso, passam-se dois dias. No segundo dia, cai por muitas horas uma chuva fina e quieta.
Na manhã do terceiro dia, Bento tomava o mate, quando viu o ginete de Teixeira se aproximando a galope do acampamento. Vinha solito. Teixeira Nunes desmonta e vai falar com o coronel. Tem o rosto can¬sado e a barba por fazer. Conta que encontrara o Dr. Araújo Ribeiro — Só não le sento a mão, menino, porque vosmecê está mais mo-lhado do que um pinto — ralhou D. Ana, os olhos fuzilando. — Que¬ria o quê? Matar sua mãe de susto? Já não basta essa guerra nos rondando? Vosmecê sabe que dia horrível tivemos aqui?
— Eu queria ir com meu pai — respondeu Leão, de olhos baixos. Zefina levou-o para um banho quente. D. Antônia examinou Mar¬co Antônio. A testa ardia em febre, e ele dizia coisas incompreensíveis.
— O que tem? Delira? — As lágrimas escorriam pelo rosto boni¬to de Caetana. — Será que quebrou alguma coisa? Será que chama¬mos Bento?
D. Antônia apalpou o menino como fazia com as reses, de olhos fecha¬dos, para sentir bem os ossos. A voz estava calma quando ela respondeu:
— Ele está com bastante febre. Apanhou muita chuva... E acho que quebrou uma costela ou duas. Amanhã chamamos o doutor. Por hoje, vamos aplicar-lhe umas compressas para baixar essa febre. E vamos enfaixá-lo no peito. Dessa ele se safou, Caetana.
No dia seguinte, um médico das redondezas veio ver o filho de Bento Gonçalves e diagnosticou uma pneumonia e duas costelas quebradas. Marco Antônio passou o resto do verão convalescendo. E quando veio a notícia da guerra, ainda estava na cama, com tosse e febre alta. Não sonhava mais em juntar-se ao pai, agora tinha medo do escuro e até da chuva. Leão perdera seu único tenente.

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"Caro Bento,
Parece que seus filhos resolveram quebrar a monotonia dos dias desta fazenda; ambos fugiram de casa numa manhã chuvosa deste fevereiro, com o intuito de se juntarem às tropas em Porto Alegre, e só foram en¬contrados à noite. Mandamos revirar a estância e também os arredores, trabalho que os peões realizaram com carinho e dedicação, mas mesmo com esse esforço nada encontraram. Eu já desesperava. Estive no quarto dos dois e mexi em suas roupas, chorando uma saudade que era misto de medo. Cheguei a pensar que Bento Manuel os tinha capturado para insultar vosmecê, mas logo desisti disso, por ter visto o quanto havia de fantasioso nessa versão.
Vosmecê sabe bem o quanto eu sofro, todos os dias, quando penso nas batalhas que le esperam, quando penso que desafiou um império in¬teiro... Imagine o que sobrou de minha alma depois da artimanha que seus filhos aprontaram. Preciso, enfim, dizer-lhe que Marco Antônio agora convalesce de uma pneumonia e fraturou duas costelas. Leão apenas pe¬gou uma gripe e recebeu de mim severo castigo, pois foi o responsável pela funesta aventura. Quando ralhei com ele, me disse apenas: "Mala suerte, mamãe." Estava tão decidido, que vi nele a sua têmpera. Decerto é mais um que sonha com pelejas. E está cada dia mais parecido com usted; até o olhar firme, ardente, é o mesmo que o seu, Bento.
Hoje, esposo, é dia dez de fevereiro. Faltam cinco dias para o prazo que ustedes aguardam, e me pergunto se esta guerra é mesmo inevitável. Aqui na estância, comungamos todas da mesma espera e da mesma angústia. E há um clima de ansiedade no ar. Todos os dias, acendo uma vela para a Vir¬gem... Alguns peões já dizem às claras que, se a guerra estourar, juntar-se-ão aos seus efetivos. D. Ana vendeu algum gado, a fim de estar preparada para alguma situação de emergência. Quanto a mim, já remeti a Joaquim o dinheiro que vosmecê solicitou. Ele me enviou carta dizendo que na Corte muito se fala da guerra que está por estourar aqui na província, e que Bento e Caetano desejam regressar brevemente. Joaquim manda-lhe carinhos e respeitos, e deseja que Deus Nosso Senhor cavalgue ao seu lado. Disse tam¬bém haver le enviado uma longa missiva, mas como vosmecê nada contou sobre ela, penso deve ter-se perdido por esses caminhos tortuosos.
Esta carta, caro esposo, que agora escrevo às pressas, segue junto com Manuel, que está de partida para Porto Alegre a fim de realizar vários ser¬viços e de comprar alguns mantimentos que já nos faltam. Espero de todo o coração que estas linhas le encontrem, que vosmecê esteja são e forte, e que me envie resposta o mais breve possível. Como vosmecê sabe, nes¬te ermo são poucas ou raras as notícias que nos chegam. Fique com Deus.
Com todo o meu afeto,
sua Caetana.
Estância da Barra, 10 de fevereiro de 1836"

O dia quinze de fevereiro finalmente chega, sob um sol abrasador que se derrama sem descanso sobre toda a província. O prazo que Bento Gonçalves e seus oficiais estipularam está esgotado. Bento, da janela do palácio, olha as ruas desertas e ardentes. Seus olhos têm um brilho estranho, negro.
José de Araújo Ribeiro não foi à Capital para ser empossado pela Assembléia Legislativa, e não reconhece o novo governo. A guerra começa no pampa. Na cidade de Porto Alegre, os revolucionários empossam o deputado Américo Cabral como novo presidente de São Pedro do Rio Grande.
Os portões de Porto Alegre receberam patrulha redobrada na noi¬te do dia quinze de fevereiro, e os sitiantes começaram a construir trin-cheiras para a defesa da cidade ocupada. Durante o dia inteiro, não se vê ninguém nas ruas, e em tudo grassava apenas o calor hediondo e a poeira vermelha que subia do chão. Um medo pegajoso grudava-se nas casas fechadas, nas gentes quietas que esperavam o primeiro ribom¬bar dos trovões. A madrugada foi ventosa e assustada. Começou a vi¬gorar severo toque de recolher, muitos habitantes da Capital resolveram fugir e abrigar-se com parentes no interior, onde se sentiriam mais seguros.
No dia dezesseis de fevereiro, o coronel Bento Gonçalves resolve partir com suas tropas para o sul da província. De lá, envia o capitão Teixeira Nunes com ofício intimando Araújo Ribeiro a abandonar o Rio Grande imediatamente. Teixeira Nunes parte sob um céu nubla¬do e tenso, cinzento. Vão com ele mais três soldados de confiança. Estão assando um churrasco no acampamento, e o cheiro da carne gorda se espalha por tudo.
Disso, passam-se dois dias. No segundo dia, cai por muitas horas uma chuva fina e quieta.
Na manhã do terceiro dia, Bento tomava o mate, quando viu o ginete de Teixeira se aproximando a galope do acampamento. Vinha solito. Teixeira Nunes desmonta e vai falar com o coronel. Tem o rosto can¬sado e a barba por fazer. Conta que encontrara o Dr. Araújo Ribeiro acompanhado do brigadeiro Miranda e Brito, comandante das tropas enviadas pelo Regente. Mesmo sendo um mensageiro, fora aprisiona¬do juntamente com os outros. Por fim, Araújo mandou-o embora com um documento, para que o entregasse nas mãos mesmas de Bento Gonçalves, chefe dos revolucionários.
— Os outros ficaram presos — termina Teixeira Nunes, os olhos negros ardendo de raiva. — Mas voltarei para libertá-los.
O coronel Bento Gonçalves entrega a cuia para João Congo, e re-cebe o documento das mãos crispadas do capitão. Abre o lacre quase com fúria e lê o seu conteúdo rapidamente. Manda reunir seus homens. São quatrocentos soldados munidos de cavalos, armas e uma boca de fogo. Algumas mulheres e crianças acompanham-nos, e também ache-gam-se, acanhadas, para ouvir as notícias. Bento Gonçalves passa len-tamente os olhos pelos rostos daqueles homens morenos, decididos, ansiosos. E então, sorvendo grande quantidade de ar, lê em voz alta o documento que acabou de receber. Um súbito silêncio instala-se entre a tropa. Araújo Ribeiro declarava oficialmente a guerra contra os revoltosos que haviam tomado a cidade de Porto Alegre.
— Por causa desta guerra, derramaremos o sangue dos nossos ir-mãos. — A voz de Bento Gonçalves ecoou pelo campo e bateu asas como um pássaro, alçando-se para o céu azul. Tinha tanta força que parecia entrar pelos poros de todos ali reunidos. — Que Deus nos perdoe, mas haveremos de lutar contra esses tiranos como se cada um de nós houvesse quatro corpos para defender a pátria e quatro almas para amá-la.
Os homens soltaram urras e tiros para o alto. O passaredo saiu em revoada. O capitão Teixeira Nunes tinha um brilho de lágrimas nos olhos.

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Bento Gonçalves, Antônio de Souza Netto, João Manuel de Lima e Silva, Onofre Pires da Silveira Canto, Joaquim Pedro, Lucas de Oliveira, Corte Real e Vasconcellos Jardim começam a organizar as tropas e a angariar fundos e soldados para a guerra. De estância em estância, de cidade em cidade, os coronéis, majores e capitães do exército revolucionário tentam aumentar seus efetivos. Em al¬gumas cidades, conseguem reunir trezentos, quatrocentos homens; em outras, ninguém se alista. Bento Manuel e outros comandantes imperiais fazem a mesma coisa, libertando presos das cadeias e obrigando-os a se alistar, e levando das fazendas, cujos donos são imperiais, os peões mais capacitados. A província de São Pedro do Rio Grande divide-se, de um momento para o outro, em imperais e revolucionários.
A notícia da guerra chegou à Estância da Barra na noite do dia vinte e seis de fevereiro. As mulheres haviam acabado a ceia, estando assim reunidas na varanda, aproveitando a noite estrelada e fresca, quando Zé Pedra, pedindo licença e sempre com os olhos fitos no chão, aprochegou-se por ali.
— Me adesculpe, D. Ana, mas é que seu Manuel chegou agorinha mesmo de viagem. Tá lá nos fundo, descarregando as compra, e man-dou le dizer que tem notícia.
— Manda ele aqui, Zé. — A voz de D. Ana tremia levemente. — Rápido!
O negro sumiu sem ruído, misturando-se com a escuridão da noi¬te. Na varanda, fazia um silêncio inquieto, e só se ouvia o tilintar das agulhas de tricô de Maria Manuela. Caetana segurava Ana Joaquina no colo, a menina começou a choramingar. Chamou Xica e entregou-lhe a filha:
— Leve-a lá para o quarto — disse, inquieta.
Manuela, da sua cadeira, olhava os rostos das tias e da mãe. Sabia o que iriam ouvir, sempre soubera, desde aquela noite... Nunca mais tinha visto a estrela de fogo no céu, mas não pudera esquecê-la. E nem seu rastro, seu rastro de sangue.
Manuel chegou afobado. Contou que a viagem fora boa, que trazia consigo todos os mantimentos necessários e mais quinze quilos de açú¬car que comprara por bom preço perto de Guaíba. Na volta, porém, tivera de se esquivar de umas tropas que iam marchando para Porto Alegre. Tropas imperiais. Tinham arrebanhado um cavalo. Confisca¬ram simplesmente, disse. No caminho, também encontrara um pique¬te de rebeldes.
— Eram uns cinqüenta, sessenta. Estavam buscando homens para lutar. — Olhou para Maria Manuela. — O menino Antônio estava entre eles. Mandou lembranças para a senhora sua mãe, para as tias, primas e manas. — As sete mulheres tinham os olhos fitos na figura atarracada de Manuel.— Mandou avisar também que a guerra começou. E é coisa séria... Parece que já vieram do Rio umas tropas, uns quinhentos homens, e munição. — E acrescentou, por conta própria: — Les digo que agora a coisa vai pegar.
D. Ana fez o sinal-da-cruz. Maria Manuela perguntou se o filho estava bem. Bueno, no más, respondeu o homem. Estava de uniforme, muito garboso. Maria Manuela abriu um sorriso de orgulho, depois suspirou profundamente. Era uma tola, pensou.
— Vosmecê entregou minha carta ao Bento? — Caetana tinha a voz morna, expectante.
— Para ele em pessoa, não senhora... Estava fora quando passei por lá no tal de palácio. Deixei a carta com o conde italiano. E as outras, do seu Paulo Santos e do seu Ferreira, o conde também arrebanhou. Prometeu que entregava para eles depois. Estava todo mundo fora, numa tal de assembléia.
— O conde é um cavalheiro — disse D. Ana. — As cartas ficaram em boas mãos. Pode ir agora, Manuel. Vosmecê deve estar ansioso para ver sua mulher e seu filho... Vá, homem. E não se preocupe com o ca-valo que levaram. Ainda temos muitos outros.
Caetana esperou o capataz desaparecer. Lágrimas mornas come-çaram a rolar por seu rosto, tornando ainda mais ardentes os olhos verdes. Ela pegou do lenço de seda e começou a enxugá-las. D. Ana estendeu o braço e fez um agrado discreto. Também ela tinha os olhos úmidos.
— Todas nós queremos chorar, Caetana. Não se envergonhe. Caetana sorriu tristemente.
— É que tenho uma coisa aqui no peito — tocou no seio esquerdo — que dói muito... Um pressentimento, talvez. Mas está tudo bien, tudo ficará bien... E que ando nervosa, é isso...
Manuela ergueu-se e saiu correndo para o quarto, segurando os soluços com toda a força de sua alma. Já no corredor, mal distinguia o caminho por causa do embaralhado das lágrimas. Entrou no quarto e jogou-se na cama, desatando imediatamente num choro convulso. Sa¬bia que nenhuma delas viria procurá-la, não ainda.
Na varanda, com voz fraca, Mariana perguntou à mãe:
— Quanto tempo durará essa guerra? Maria Manuela deu de ombros.
— Nem Deus lo sabe, minha filha. Nem Deus... E, do seu canto, D. Ana lembrou:
— É preciso que avisemos Antônia. Mas não hoje, que le rouba-remos o sono em vão. Amanhã cedo, mando Zé Pedra até o Brejo. — Ergueu-se com certo custo, ela que era tão lépida e miúda. — Boa noite, durmam com a Virgem. Vou para meu quarto, escrever um bilhete para Antônia. — Parou um instante, à porta, e olhou as parentas. — Ama¬nhã, à luz do sol, as coisas hão de parecer melhores, les garanto. Boa noite.

продолжение следует

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